sábado, 29 de agosto de 2009

Transferência a dois tempos: uma casa de banho e uma cadeira de rodas

Em 2007 os designers Changduk Kim & Youngki Hong criaram a Universal Toilet (imagens acima) - um conceito para aplicação em casas de banho, públicas ou não, cujo objectivo principal era a acessibilidade sem estigma.
Em 2009, como alguns devem ter visto nos noticiários esta semana, os engenheiros japoneses da Veda International Robot R&D Center apresentaram um novo conceito de cadeira de rodas motorizada (imagem abaixo). O princípio de utilização (independente) é o mesmo do Universal Toilet e os responsáveis pelo projecto disseram que têm tido respostas positivas de vários inquiridos - pessoas sem deficiências ou incapacidades -, dizendo que gostariam de ter uma cadeira destas para ir às compras.
A única coisa que eu ainda não percebi (se alguém percebeu, agradece-se esclarecimento) é como é que se previne que os utilizadores não caiam para trás ao usar a cadeira.


4 comentários:

  1. Ana,
    Tentei perceber como se posiciona a pessoa e como está assegurada a sua segurança, mas não consegui. A diferença para uma scooter, por exemplo, é a distribuição do peso que é frontal "Weight balances are dispersed to breast, knees and hips comparing with wheelchair which concentrates
    pains to backs and hips". E que implicações terá a pressão no peito e joelhos?

    O assento não me parece com dimensões suficientes para obter conforto, mesmo para uma pessoa com mais idade.

    A solução da casa de banho sim! Dependendo da funcionalidade do membro superior parece ser realmente bem mais confortável. E leva à questão: porque não se pensou antes a forma de acesso à sanita? Naturalmente que se questiona se a transferência para a cadeira de rodas fica facilitada?

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  2. Eng,ª Cristina,

    Parece que vai ser preciso esperar por mais informações sobre a cadeira ou pelo desenvolvimento de futuros modelos que resolvam essas e outras questões como, por exemplo, de que forma é que a transferência de novo para outro assento (suponhamos uma cama) se faz; i.e., será fácil fazer o movimento contrário de "empurrar" em vez de "puxar"? (não sei se era a este problema que se referia com a última frase do seu comentário).
    Aliás o mesmo problema põe-se para ambos os objectos, creio eu.
    E sim, claro, a utilização destas soluções depende da funcionalidade dos membros superiores. Mas não só. Para uma transferência completamente autónoma outros pré-requisitos de funcionalidade dos membros inferiores são também necessários. Pelo menos, assim me parece.
    Mas, enfim, "nem tudo são rosas" e, seja como for, sempre são novas ideias que podem ser úteis em projectos futuros.

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  3. Eu julgo que as imagens da casa de banho são enganadoras... Penso que elas pretendem ilustrar o uso por uma pessoa sem limitações (1ª foto) e um utilizador de cadeira de rodas (2ª foto), sendo que este ficará sentado de frente para a parede. Creio que desta forma tentam resolver o problema do acesso à sanita... será isto?
    Quanto à cadeira parece-me mais um devaneio de ficção científica oriental. Pode ser que tenha as suas mais valias escondidas algures, mas eu não consegui descortinar nenhuma, até porque transferindo o peso para a frente está-se apenas a alterar os problemas de local :)

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  4. Gonçalo Gomes,

    Sim, parece que a ideia das fotografias é essa, mas eu estava a questionar os problemas de transferência considerando a segunda imagem da casa de banho (uma transferência de uma cadeira de rodas para a posição "normal" da primeira imagem requer que haja uns apoios laterais, pelo que aqui as questões seriam outras).
    Creio que, no final de contas, estamos os três a dizer as mesmas coisas! O que é bom.
    Quanto à cadeira, não sei se será um devaneio, como diz, mas continuo a achar que pelo menos é positiva a abordagem de ambas ao problema. Ou seja, com as devidas ressalvas que mencionámos, já que duvidamos da sua eficácia, sempre é uma nova ideia de como se poderá fazer uma transferência.

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